Segundo a OMS, os transtornos do espectro do autismo (TEA) são um grupo de condições caracterizadas por algum grau de alteração no comportamento social, comunicação e linguagem, e por um repertório restrito, estereotipado e repetitivo de interesses e atividades.
Os TEA aparecem na infância, onde na maioria dos casos manifesta-se nos primeiros 5 anos de vida, e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta.
Indivíduos com TEA (crianças e adultos) têm um risco acrescido de ter doenças metabólicas concomitantes, incluindo obesidade e doenças cardiovasculares, em comparação com a população em geral.
Habitualmente apresentam níveis de aptidão física mais baixos (resistência cardiovascular, força e resistência muscular da parte superior do corpo e abdominal, e flexibilidade da parte inferior do corpo) quando comparados com indivíduos sem TEA.
A idade é um fator determinante nos níveis de atividade física em crianças com TEA, onde as crianças mais velhas são significativamente mais inativas do que as mais novas.
Uma revisão sistemática concluiu que as atividades físicas têm um efeito positivo ao nível da motricidade, habilidades locomotoras, função social, força e resistência muscular.
Por outro lado, existem inúmeras barreiras identificadas pelos pais, que impedem o aumento da participação em atividades físicas destas crianças, tais como:
- Necessidade de supervisão;
- Problemas comportamentais e deficits de habilidades motoras;
- Preferência por comportamentos sedentários, particularmente atividades baseadas no uso de ecrã;
- Falta de profissionais especializados que incluam estas crianças em atividades com os seu pares;
- Falta de oportunidades e custo elevado.
Neste sentido, é essencial a promoção da atividade física nesta população e acima de tudo encontrar estratégias de inclusão destas crianças em programas de exercício físico.
Fontes: OMS / Healy et al. (2018)